Dalva Saudo
Como me animar à
rimar versos de paz
Para um gigante
adormecido
Se até no seio
familiar a angústia me traz
Sob um silêncio
mortal e profundo?
Como posso versejar
sobre paz ao mundo
Se não sinto
concórdia no município
Se não sinto
quietação de ânimos,
Nem mesmo em espaços
exclusivos
De poetas em
academias para poesias?
Quando me habitar com
pombas da paz
Em algum ramo de
oliveira em concórdia e reconciliação
E o desprezo que me
cala o peito
Voar bem para longe,
além do horizonte...
Aí sim! Incentivarei a paz no país.
Mas antes, preciso
sentir essa paz aqui
No meu peito! No
marco zero
No bairro, onde a
zona de perigo impera!
Farei manifesto para
a paz em outro local
Quando puder ir e vir
tranquila à rua
Não precisar sair
correndo como cinderela
Quando perceber o
Luar ao anoitecer
Numa passarela de temor
Numa passarela de temor
Tentando me esconder
junto ao Sol.
Aí sim... manifestarei a tão almejada PAZ
Com meus versos
Para os quatro cantos
do universo
Por ora fico aqui
chorando a morte de muuuuitos
Mesmo antes dela
chegar!
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